sexta-feira, 11 de março de 2016

A doença se espalha



Microcefalia é apenas ponta do iceberg de anomalias associadas ao zika, diz OMS
Redação | São Paulo - 10/03/2016 - 11h09
Entidade diz também que transmissão via sexo é mais comum do que se pensava e recomenda que, em caso de gravidez, casais usem camisinha




Dados de pesquisas mais recentes sobre o vírus zika apontam que a "microcefalia é apenas uma das várias anomalias associadas à infecção durante a gravidez", afirmou a diretora da OMS (Organização Mundial da Saúde), Margaret Chan, nesta terça-feira (08/03).

A entidade afirmou também que a transmissão por meio de relações sexuais é mais comum do que se imaginava. Por isso, a OMS recomenda que em caso de gravidez, os casais adotem o uso de preservativos durante o sexo.

EFE
Vírus zika já foi registrado em 41 países e transmitido no interior de 31

Chan pontuou que as autoridades de cada país não devem aguardar a confirmação científica para tomar medidas em prol da saúde pública. O vírus foi identificado em 41 países, sobretudo nas Américas. Brasil e Colômbia são os mais afetados.

Infecção
A chefe da OMS confirmou que o zika foi detectado no líquido amniótico e "evidências mostram que o vírus pode atravessar a placenta e infectar o feto". O vírus já foi detectado no sangue, no tecido cerebral e no fluído cérebro espinhal de fetos após abortos (naturais ou não) ou em natimortos.
 

Há casos que incluem morte do feto, insuficiência placentária, retardo no crescimento do feto e danos ao sistema nervoso central. Até agora, apenas Brasil e Polinésia Francesa documentaram casos de microcefalia, mas a Colômbia está sob forte vigilância.

Segundo Chan, desde que o Comitê de Emergência foi criado, várias pesquisas reforçaram a "associação entre a infecção de zika e a ocorrência de má formação fetal e de desordens neurológicas".

"Em uma grávida que teve sintomas de zika com 18 semanas, o bebê tinha catarata em um dos olhos, um olho menor que o outro, além de cérebro e cerebelo quase inexistentes", apontou a médica Adriana Melo, da Paraíba, um dos Estados brasileiros com maior número de crianças afetadas, em entrevista ao UOL.

Casos de bebês com sobreposição de dedos, braços e pernas curvadas e até com um braço maior que o outro foram apresentados durante um seminário sobre zika no Recife, que reuniu profissionais de vários Estados do Brasil para compartilharem experiências.

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