Palestinos
criticam observações de Trump sobre paz no Oriente Médio
2018-01-26
15:37:24丨portuguese.xinhuanet.com
Gaza/Ramallah, 25 jan (Xinhua) --
Os palestinos ficaram indignados com as declarações "irresponsáveis"
do presidente dos EUA, Donald Trump, na quinta-feira sobre a paz no Oriente
Médio.
Trump disse, no início da
quinta-feira, no Fórum Econômico Mundial realizado em Davos, na Suíça, que
Jerusalém foi retirada da agenda das negociações do Oriente Médio e chegou a
hora de iniciar um plano de paz "excelente para os palestinos e para
Israel".
No entanto, ele disse que os
palestinos só podem obter ajuda financeira dos Estados Unidos se concordarem em
retomar as negociações de paz com Israel.
Ele disse que os palestinos
"não nos respeitaram semana passada quando boicotaram a visita do
vice-presidente dos Estados Unidos, (Mike) Pence".
Nabil Abu Rdineh, porta-voz do
presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse em uma declaração oficial que, se
Jerusalém for excluída das negociações, os Estados Unidos também serão
excluídos do processo de paz.
Ele enfatizou que os Estados
Unidos não terão um papel no processo de paz no Oriente Médio, enquanto sua
decisão sobre Jerusalém não for aceita.
"A política de usar dinheiro
para chantagear os palestinos e o uso das políticas de fome e humilhação são
condenadas e rejeitadas", disse o porta-voz.
Saeb Erekat, secretário-geral do
Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), disse em
uma declaração que "as observações de Trump humilharam muçulmanos,
cristãos e judeus em todo o mundo".
"Aqueles que acreditam que a
questão de Jerusalém foi retirada da tabela de negociações, devem saber que a
paz também foi retirada da mesa", disse Erekat, acrescentando que "os
seus argumentos mostram claramente que ele nunca pode ser um patrocinador
relevante da paz".
Em abril de 2014, nove meses de
conversações de paz diretas entre Israel e a Palestina patrocinadas pelos
Estados Unidos terminaram sem qualquer avanço devido a diferenças profundas nos
assentamentos israelenses e ao reconhecimento de um estado palestino com o leste
de Jerusalém como sua capital.
Em 6 de dezembro do ano passado,
Trump declarou Jerusalém como a capital de Israel e que pretendia transferir a
embaixada de seu país de Tel Aviv para a cidade.
Israel considera Jerusalém
inteira como sua capital eterna, enquanto os palestinos consideram a parte
oriental da cidade, que foi ocupada por Israel em 1967, como a capital do seu
futuro estado independente.
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