quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Lamentamos a ausencia de Vinícius Júnior



Mundial Sub-17: Brasil sente falta de Vinicius Junior e cai diante da Inglaterra nas semifinais
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Inglaterra despachou Brasil no Mundial Sub-17 com a vitória incontestável por 3 a 1 nas semifinais em Calcutá. Brewster, garoto do Liverpool, fez os três gols. A derrota encerra um trabalho com a geração campeã do Sul-Americano Sub-15 em 2015 e do Sub-17 na atual temporada e marca também a falta de autoridade da CBF que não obrigou o Flamengo a ceder Vinicius Júnior, o craque dessa turma, para o Mundial da Índia. Sem o seu principal jogador, Brasil não teve ninguém para fazer a diferença em momentos delicados da competição, como nesta semifinal contra a Inglaterra.

Vinicius Junior estava inscrito no torneio quando o Flamengo vetou a sua saída, alegando que o menino seria usado na final da Copa do Brasil. A CBF aceitou e só conseguiu inscrever outro garoto – Helio Junio, do São Paulo – por cortesia da Fifa. Helio Junio chegou na Seleção com a competição em andamento.

Do lado da Inglaterra, o reconhecimento de um planejamento na base muito bem feito. Os ingleses foram campeões do Mundial Sub-20 no primeiro semestre, torneio disputado na Coreia do Sul, e chegam à final do Sub-17 contra o vencedor de Espanha x Mali na Índia.

O jogo
No jogo das semifinais, Brasil desperdiçou boa chance de fechar primeiro tempo em vantagem no placar. Sofreu um gol aos 10 minutos – com Brewster – e não se abalou. Buscou o empate com Wesley, aos 21, tomou conta do jogo e poderia ter feito mais dois – um deles, com Brenner sozinho frente ao goleiro Anderson. Não conferiu e ainda deu campo para os ingleses. No momento de absoluta falta de ideias para esmagar o adversário, se fechou no seu campo sem proteger as laterais e levou o segundo gol da Inglaterra, mais uma vez de Brewster, aos 39.

Se a Seleção tinha como proposta a troca de passes, tabelinhas, bem ao modelo da escola brasileira de jogar futebol, a Inglaterra optou por um jogo de profundidade, explorando os espaços nas costas dos laterais Wesley e Weverson, sempre em busca do artilheiro Brewster. A estratégia inglesa funcionou.

 No segundo tempo, Brasil precisava de reorganizar o sistema defensivo sob pena de aumentar o prejuízo. E não perder o controle emocional, assim como fez na virada contra Alemanha nas quartas de final. Sofreu nos primeiros 15 minutos diante de uma marcação agressiva da Inglaterra. Depois se instalou no campo inimigo, agora aberto a sofrer contra-ataques.

Carlos Amadeu arriscou mais ainda a partir dos 30 minutos ao trocar o lento volante Bobsin pelo meia Helio Junio. Pagou caro. Em outra desatenção do lateral Weverson, nasceu a jogada do terceiro gol de Brewster, o diamante inglês – nas quartas de final, o atacante do Liverpool havia feito três dos quatro gols e deu uma assistência na vitória contra os Estados Unidos.

Outros destaques: Fodden, atacante de Manchester City, muito elogiado por Pep Guardiola, e Jadon Sancho, apontado como melhor jogador do time e fenômeno da geração, que disputou apenas a primeira fase e foi obrigado a abandonar o Mundial por ordem do seu clube, o Borussia Dortmund.

Esse terceiro gol da Inglaterra pulverizou os meninos do Brasil. Não tinham mais força para reagir. Acabava ali uma sequência de um bom trabalho do técnico Carlos Amadeu, que vem desde a conquista do Sul-Americano Sub-15 em 2015 e Sul-Americano Sub-17 na atual temporada. E muito elogiado por Tite.

Brasil da derrota teve Brazão (Cruzeiro), Wesley (Flamengo), Vitão (Palmeiras), Halter (Atlético-PR) e Wemerson (São Paulo); Bobsin (Grêmio – Helio Junio/São Paulo), Marcos Antônio (Atlético-PR) e Alanzinho (Palmeiras – Rodrigo Nestor/); Brenner (São Paulo – Yuri Alberto/Santos), Lincoln (Flamengo) e Paulinho (Vasco). Técnico: Carlos Amadeu.




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