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Sub-17: Brasil sente falta de Vinicius Junior e cai diante da Inglaterra nas
semifinais
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Vinicius Junior e cai diante da Inglaterra nas semifinais
Inglaterra despachou Brasil no
Mundial Sub-17 com a vitória incontestável por 3 a 1 nas semifinais em Calcutá.
Brewster, garoto do Liverpool, fez os três gols. A derrota encerra um trabalho
com a geração campeã do Sul-Americano Sub-15 em 2015 e do Sub-17 na atual
temporada e marca também a falta de autoridade da CBF que não obrigou o
Flamengo a ceder Vinicius Júnior, o craque dessa turma, para o Mundial da
Índia. Sem o seu principal jogador, Brasil não teve ninguém para fazer a
diferença em momentos delicados da competição, como nesta semifinal contra a
Inglaterra.
Vinicius Junior estava inscrito
no torneio quando o Flamengo vetou a sua saída, alegando que o menino seria
usado na final da Copa do Brasil. A CBF aceitou e só conseguiu inscrever outro
garoto – Helio Junio, do São Paulo – por cortesia da Fifa. Helio Junio chegou
na Seleção com a competição em andamento.
Do lado da Inglaterra, o
reconhecimento de um planejamento na base muito bem feito. Os ingleses foram
campeões do Mundial Sub-20 no primeiro semestre, torneio disputado na Coreia do
Sul, e chegam à final do Sub-17 contra o vencedor de Espanha x Mali na Índia.
O jogo
No jogo das semifinais, Brasil
desperdiçou boa chance de fechar primeiro tempo em vantagem no placar. Sofreu
um gol aos 10 minutos – com Brewster – e não se abalou. Buscou o empate com
Wesley, aos 21, tomou conta do jogo e poderia ter feito mais dois – um deles,
com Brenner sozinho frente ao goleiro Anderson. Não conferiu e ainda deu campo
para os ingleses. No momento de absoluta falta de ideias para esmagar o
adversário, se fechou no seu campo sem proteger as laterais e levou o segundo
gol da Inglaterra, mais uma vez de Brewster, aos 39.
Se a Seleção tinha como proposta
a troca de passes, tabelinhas, bem ao modelo da escola brasileira de jogar
futebol, a Inglaterra optou por um jogo de profundidade, explorando os espaços
nas costas dos laterais Wesley e Weverson, sempre em busca do artilheiro
Brewster. A estratégia inglesa funcionou.
No segundo tempo, Brasil
precisava de reorganizar o sistema defensivo sob pena de aumentar o prejuízo. E
não perder o controle emocional, assim como fez na virada contra Alemanha nas
quartas de final. Sofreu nos primeiros 15 minutos diante de uma marcação
agressiva da Inglaterra. Depois se instalou no campo inimigo, agora aberto a
sofrer contra-ataques.
Carlos Amadeu arriscou mais ainda
a partir dos 30 minutos ao trocar o lento volante Bobsin pelo meia Helio Junio.
Pagou caro. Em outra desatenção do lateral Weverson, nasceu a jogada do
terceiro gol de Brewster, o diamante inglês – nas quartas de final, o atacante
do Liverpool havia feito três dos quatro gols e deu uma assistência na vitória
contra os Estados Unidos.
Outros destaques: Fodden,
atacante de Manchester City, muito elogiado por Pep Guardiola, e Jadon Sancho,
apontado como melhor jogador do time e fenômeno da geração, que disputou apenas
a primeira fase e foi obrigado a abandonar o Mundial por ordem do seu clube, o
Borussia Dortmund.
Esse terceiro gol da Inglaterra
pulverizou os meninos do Brasil. Não tinham mais força para reagir. Acabava ali
uma sequência de um bom trabalho do técnico Carlos Amadeu, que vem desde a
conquista do Sul-Americano Sub-15 em 2015 e Sul-Americano Sub-17 na atual
temporada. E muito elogiado por Tite.
Brasil da derrota teve Brazão
(Cruzeiro), Wesley (Flamengo), Vitão (Palmeiras), Halter (Atlético-PR) e
Wemerson (São Paulo); Bobsin (Grêmio – Helio Junio/São Paulo), Marcos Antônio
(Atlético-PR) e Alanzinho (Palmeiras – Rodrigo Nestor/); Brenner (São Paulo –
Yuri Alberto/Santos), Lincoln (Flamengo) e Paulinho (Vasco). Técnico: Carlos
Amadeu.
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