sexta-feira, 21 de maio de 2021

clinica na Austrália , amputa perna errada de paciente , grave erro clinico.

 'Erro trágico' leva clinica a amputar perna errada a doente na Áustria

'Erro trágico' leva clinica a amputar perna errada a doente na Áustria

A vítima está recebendo apoio psicológico

Um hospital, na Áustria, é acusado de um erro médico que levou à amputação da perna errada a um doente.

O homem, de 82 anos, deu entrada na Clínica de Freistadt, com uma série de doenças associadas, sendo que iria ser sujeito a uma operação para lhe ser amputada a perna esquerda.

Contudo, "um erro trágico" levou o hospital a amputar-lhe a perna errada, naquele que seria um procedimento comum para os profissionais da clínica.

Em declarações à Reuters, a clínica assumiu o erro, que diz ter sido o resultado "de uma sequência de circunstâncias infelizes”.

Ao doente foi oferecida assistência psicológica, sendo que terá de ser submetido a uma nova intervenção para remover a outra perna. 

Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/mundo/1806360/erro-tragico-leva-clinica-a-amputar-perna-errada-a-doente-na-austria

 

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

aumento de casos na África com mais de 615 mortos e 22.598 confirmados.

 África com mais 615 mortos e 22.598 casos nas últimas 24 horas

A África do Sul, o país mais atingido pela covid-19 no continente, contabiliza um total de 1.100.748 infecções.

A África registrou 615 mortes devido à Covid-19 nas últimas 24 horas, para um total de 67.246 óbitos, e 22.598 novos casos, segundo os dados mais recentes da pandemia no continente.

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número total de casos é de 2.830.462 e há agora 2.343.850 recuperados, mais 11.787 nas últimas 24 horas.

A África Austral mantém-se como a região mais afetada, com 1.234.460 casos e 31.674 mortes.

Nesta região, a África do Sul, o país mais atingido pela covid-19 no continente, contabiliza um total de 1.100.748 infecções e 29.577 mortes.

O Norte de África é a segunda zona mais afetada pela pandemia, com 945.527 casos de infecção e 24.733 vítimas mortais.

A África Oriental registra 325.736 infecções e 6.039 mortos, na África Ocidental o número de infecções é de 248.812 e o de mortes ascende às 3.312, enquanto a África Central registra 75.927 casos e 1.488 óbitos.

O Egito, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, registra 7.805 mortos e 142.187 infectados, seguindo-se Marrocos, com 7.485 vítimas mortais e 443.146 infectados.

Entre os seis países mais afetados estão também a Tunísia, com 4.800 mortes e 143.544 infectados, a Argélia, com 2.772 óbitos e que ultrapassou hoje os 100 mil casos (100.408), a Etiópia, com 1.948 vítimas mortais e 125.622 infecções, e o Quênia, com 1.685 óbitos e 96.802 infectados.

Em relação aos países de língua oficial portuguesa, Angola registra 408 óbitos e 17.642 casos, seguindo-se Moçambique (169 mortos e 19.309 casos), Cabo Verde (113 mortos e 11.920 casos), Guiné Equatorial (86 mortos e 5.279 casos), Guiné-Bissau (45 mortos e 2.446 casos) e São Tomé e Príncipe (17 mortos e 1.014 casos).

O primeiro caso de covid-19 na África surgiu no Egito, em 14 de fevereiro, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsariana a registrar casos de infecção, em 28 de fevereiro.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.835.824 mortos resultantes de mais de 84,5 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/mundo/1765254/africa-com-mais-615-mortos-e-22-598-casos-nas-ultimas-24-horas

 

 

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Guiné-Bissau: PJ quer primeiro-ministro a ser ouvido sobre corte ilegal de madeira

 Guiné-Bissau: PJ quer primeiro-ministro a ser ouvido sobre corte ilegal de madeira

A Polícia Judiciária (PJ) da Guiné-Bissau quer que o Ministério Público convoque o primeiro-ministro, Nuno Nabiam, para uma audição. Governante é suspeito de envolvimento no corte ilegal de árvores para madeira.

Guinea-Bissau Ehem. Parlamentspräsident übernimmt das Amt des Premierministers
Nuno Nabiam

Uma fonte da Polícia Judiciária (PJ) confirmou à Lusa o envio para o Ministério Público de "um conjunto de autos incriminatórios" de pessoas, entre guineenses e estrangeiros, envolvidas, alegadamente, na atividade de abate ilegal de árvores para fins madeireiros.

Um despacho com data de 9 de novembro, a que a Lusa teve acesso esta segunda-feira (28.12), e emitido pela diretoria central da PJ, dá conta de um conjunto de autos enviados ao Ministério Público com pessoas consideradas suspeitas de atividade de corte ilegal de árvores na Guiné-Bissau.

AbgemahnteBaumstämme in Wald von Guinea-Bissau

PJ apreendeu, em Bissau, uma grande quantidade de madeira cortada de forma ilegal por uma empresa da qual, alegadamente, Nuno Nabiam faz parte

O despacho da PJ, com o n.º 163/2020, foi enviado ao Gabinete de Luta contra Corrupção e Delitos Económicos do Ministério Público, solicitando para que convoque para audições processuais os suspeitos Nuno Nabiam, Botche Candé, atual ministro do Interior, e Sadjo Cissé, comandante da Guarda Nacional, entre outras pessoas.

Nuno Nabiam só pode ser ouvido por um magistrado

Uma outra fonte judicial confirmou o envio dos autos ao Ministério Público, mas precisou que no documento não constam os nomes de Nuno Nabiam e Botche Candé, salientando que ambos não chegaram a ser ouvidos pela PJ.

"Talvez é isso que a Polícia Judiciária esteja agora a pedir ao Ministério Público", enalteceu a fonte, lembrando que lei guineense impõe que um ministro ou um primeiro-ministro em funções só podem ser ouvidos por um magistrado.

A fonte salientou ainda que os dois dirigentes são deputados eleitos.

"Dependendo da fase do processo, se for na fase de inquérito terá que ser um magistrado do Ministério Público com categoria de procurador-geral adjunto", salientou a fonte judicial.

Guinea-Bissau Präsident Umaro Sissoco Embaló
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, deu autorização para investigar "quem quer que seja" no caso relacionado com o corte ilegal de árvores

PJ faz apreensão de madeira

Em novembro, a PJ guineense apreendeu, em Bissau, uma grande quantidade de madeira em toro cortada de forma ilegal na floresta do país, pertença de uma empresa da qual, alegadamente, Nuno Nabiam faz parte. 

O político guineense nunca quis comentar de forma aberta as denúncias.

Também em novembro, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, reuniu-se com o procurador-geral da República, os ministros da Justiça e do Interior, a diretora da Polícia Judiciária e o comandante da Guarda Nacional para lhes dizer que a PJ tinha autorização para investigar "quem quer que seja" no caso relacionado com o corte ilegal de árvores para madeira. 

A Lusa tentou sem sucesso obter uma reação junto de Nuno Nabiam.


Noticia: dw.com

 


quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Nomeação "histórica" do vice-primeiro-ministro é inconstitucional


 Nomeação "histórica" do vice-primeiro-ministro é inconstitucional

Presidente guineense surpreendeu com a nomeação de Soares Sambú como vice-primeiro-ministro do país, sem alegadamente consultar o Governo. Jurista diz que é um ato "fora da lei", não previsto pela Constituição.

"É o senhor Soares Sambú nomeado vice-primeiro-ministro e ministro da presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares, coordenador para a Área Económica" lê-se no decreto presidencial número 53/2020 assinado pelo Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló. 


Esta é a primeira vez que o país tem oficialmente um vice-primeiro-ministro. Soares Sambú foi diretor de campanha de Umaro Sissoco Embaló e faz parte da direção do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15). 


O Presidente guineense exonera do cargo de ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares Mamadu Serifo Djaquité, que era também porta-voz do Governo. Os decretos a que a DW teve acesso, o chefe de Estado não menciona que Umaro Sissoco tenha consultado o Governo de Nuno Nabiam ou se foi a proposta do Executivo. 


Em entrevista à DW África, o jurista e analista político Luís Petit diz que a figura do vice-primeiro-ministro não existe no sistema político da Guiné-Bissau, o semipresidencialismo. E acusa o Presidente de estar "fora da lei" e de, unilateralmente, arrastar o país para o presidencialismo absoluto. 



Soares Sambú acumula também a presidência
do Conselho de Ministros e a coordenação
para a área económica
 DW África: Que interpretação jurídica se pode fazer do decreto presidencial? Luís Petit (LP): É a primeira vez que acontece no nosso sistema político a nomeação da figura do vice-primeiro-ministro, que não existe na orgânica do Governo. Aliás, se calhar, o Presidente da República esqueceu que foi ele mesmo quem decretou a atual a orgânica do Governo, antes da nomeação do elenco governamental. Na própria estrutura do Governo liderado por Nuno Nabiam em circunstâncias algumas existe a figura do vice-primeiro-ministro.  

 

DW África: Mas a Constituição da Guiné-Bissau prevê a figura do vice-primeiro-ministro? 

LP: A Constituição estabelece que a figura do primeiro-ministro é a única que encabeça o elenco governamental, seguido de resto da estrutura governamental que é dirigido pelo primeiro-ministro. Em circunstâncias algumas fala do vice-primeiro-ministro. Esta figura não existe na nossa Constituição. Mas também dessa nomeação podemos tirar algumas consequências políticas: Será que o Presidente da República decidiu sozinho criar uma figura do vice-primeiro-ministro, sem que, entretanto, tenha consultado o primeiro-ministro? Isto porque vê-se no decreto presidencial da exoneração do ministro da presidência do conselho de ministros, assuntos parlamentares e porta-voz do Governo,  Mamadu Serifo Djaguité,  e consequente nomeação do seu substituto, que será também vice-primeiro-ministro, ainda reforçado poderes com competências de assumir a área económica, que o Presidente não faz referência de ter consultado o primeiro-ministro ou sob proposta do primeiro-ministro. É de sublinhar que ainda estamos no sistema sim-presidencialista na Guiné-Bissau. O Governo não é do Presidente da República, pelo que o Presidente não pode tomar a iniciativa de nomear um membro do Governo sem tenha consultado o primeiro-ministro, porque o Governo é da responsabilidade do primeiro-ministro, consequentemente com o partido que detém a maioria na Assembleia Nacional Popular (ANP). Isto demonstra claramente que o Presidente da República está a assumir as funções além daquilo que a lei lhe confere, que é de consultar o primeiro-ministro em situação de exoneração e da nomeação de um membro do Governo.  


DW África: Está a querer dizer que a nomeação do vice-primeiro-ministro é inconstitucional? 

LP: É inconstitucional, independentemente de não ter consultado o primeiro-ministro. Porque esta figura do primeiro-ministro não existe na nossa Constituição. O que levamos a pensar que existe um mau clima entre o Presidente da República e o primeiro-ministro. Em termos práticos já se vê que o Presidente já tinha assumido as funções executivas da exclusiva competência do Governo. Ele tem usado de forma excessiva em dirigir e orientar as reuniões do Conselho de Ministros, quase semanalmente. O que mostra que o primeiro-ministro já tinha perdido parte da sua competência em controlar a estrutura governamental. E criando uma figura do vice-primeiro-ministro sem consultar o primeiro-ministro certamente que, em termos políticos, esta figura vai responder diretamente ao Presidente e não junto do primeiro-ministro. O que evidencia que já existe uma fricção ou um desentendimento entre o chefe de Estado e o primeiro-ministro, o que é uma situação grave de lamentar em termos legais e políticos. 


DW África: E agora o primeiro-ministro tem alguma forma de contra-atacar o decreto?  

LP: O decreto presidencial pode ser atacado via tribunal. Não existindo na orgânica do Governo, a figura do vice-primeiro-ministro é já uma violação grave das leis. O Presidente da República tem que assumir a sua responsabilidade de ser o garante da legalidade e o exemplo de tudo que seja o seu ato. Se o primeiro magistrado da nação viola constantemente a lei, assumindo as funções políticas que a lei não lhe confere e arrastando o país para o sistema presidencialista é grave. É tudo fora da lei, por isso, deve reconsiderar a sua posição e caso não voltar atrás então a classe política deve assumir a sua responsabilidade pondo em causa esse decreto presidencial que nomeia a figura do vice-primeiro-ministro a margem das leis da Guiné-Bissau. 

 


 

 

 
 

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Guiné-Bissau suspende adoções internacionais para combater tráfico infantil

Guiné-Bissau suspende adoções internacionais para combater tráfico infantil 


O Governo guineense decidiu suspender todos os processos de adoção internacional no país para evitar o tráfico de crianças e o negócio das casas de acolhimento, anunciou a ministra da Mulher, Conceição Évora. 





Em entrevista à Lusa, a ministra explicou que a suspensão dos processos foi decidida "porque tem havido sistematicamente adoções que não estão a seguir as normas estabelecidas". 


"Nós sabemos que o Governo da Guiné-Bissau não tem uma casa de acolhimento de Estado, existem casas de acolhimento que recebem essas crianças órfãs e tem havido essas adoções de forma ilegal e que às vezes conduzem ao tráfico de seres humanos, neste caso de crianças", explicou Conceição Évora. 


O Conselho de Ministros da Guiné-Bissau analisou na semana passada uma proposta de decreto-lei relativa às adoções internacionais, que decidiu trabalhar ainda mais, e mandatou os ministérios da Mulher, Justiça e Interior a suspender todos os atos administrativos relativos à adoção internacional de crianças e jovens. 


"O que tem acontecido é que a adoção está a ser feita de forma ilegal e às vezes não há cadastro de todo o processo. Estamos a perder guineenses, o Estado não sabe quem é essa pessoa que adotou, não conhece, e a partir do momento que a criança passa no aeroporto perde-se o rastro da criança e isso não pode acontecer", afirmou a ministra da Mulher.  

Controlar a aplicabilidade da lei 


Para Conceição Évora, o Estado deve saber quem são as pessoas que adotam as crianças e os jovens e para que fins são levadas. "Hoje o mundo está confrontado com o tráfico de crianças, as crianças são exploradas, sexualmente, abusadas. É por causa disso que estamos a ter uma mão mais controladora sobre a adoção internacional", salientou.  


Questionada sobre se a proposta de decreto-lei vai produzir muitas alterações à lei agora em vigor, a ministra disse que a lei não difere muito. "A aplicabilidade da lei é que queremos controlar, porque as pessoas não estão a respeitar as normas", explicou. 


"Há casais que estão a seguir os trâmites normais para a regularização dessa adoção, mas a maior parte dos casos que acontece neste momento não segue esses trâmites normais por isso é que queremos suspender para poder obrigar ao cumprimento escrupuloso da lei da adoção no país", disse ainda Conceição Évora. 



A ministra disse também ter tido informações de pessoas que levam crianças que nem sequer foram registadas pelos pais biológicos. 


Outras das razões pelas quais o Governo decidiu suspender as adoções internacionais estão relacionados com o facto de o processo se estar a tornar num negócio. "Em certas casas certas pessoas fazem isso e isso é tráfico", disse.