sábado, 27 de janeiro de 2018

Paz na terra



Palestinos criticam observações de Trump sobre paz no Oriente Médio
2018-01-26 15:37:24portuguese.xinhuanet.com




Gaza/Ramallah, 25 jan (Xinhua) -- Os palestinos ficaram indignados com as declarações "irresponsáveis" do presidente dos EUA, Donald Trump, na quinta-feira sobre a paz no Oriente Médio.

Trump disse, no início da quinta-feira, no Fórum Econômico Mundial realizado em Davos, na Suíça, que Jerusalém foi retirada da agenda das negociações do Oriente Médio e chegou a hora de iniciar um plano de paz "excelente para os palestinos e para Israel".

No entanto, ele disse que os palestinos só podem obter ajuda financeira dos Estados Unidos se concordarem em retomar as negociações de paz com Israel.

Ele disse que os palestinos "não nos respeitaram semana passada quando boicotaram a visita do vice-presidente dos Estados Unidos, (Mike) Pence".

Nabil Abu Rdineh, porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse em uma declaração oficial que, se Jerusalém for excluída das negociações, os Estados Unidos também serão excluídos do processo de paz. 

Ele enfatizou que os Estados Unidos não terão um papel no processo de paz no Oriente Médio, enquanto sua decisão sobre Jerusalém não for aceita.

"A política de usar dinheiro para chantagear os palestinos e o uso das políticas de fome e humilhação são condenadas e rejeitadas", disse o porta-voz.

Saeb Erekat, secretário-geral do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), disse em uma declaração que "as observações de Trump humilharam muçulmanos, cristãos e judeus em todo o mundo".

"Aqueles que acreditam que a questão de Jerusalém foi retirada da tabela de negociações, devem saber que a paz também foi retirada da mesa", disse Erekat, acrescentando que "os seus argumentos mostram claramente que ele nunca pode ser um patrocinador relevante da paz".

Em abril de 2014, nove meses de conversações de paz diretas entre Israel e a Palestina patrocinadas pelos Estados Unidos terminaram sem qualquer avanço devido a diferenças profundas nos assentamentos israelenses e ao reconhecimento de um estado palestino com o leste de Jerusalém como sua capital.

Em 6 de dezembro do ano passado, Trump declarou Jerusalém como a capital de Israel e que pretendia transferir a embaixada de seu país de Tel Aviv para a cidade.

Israel considera Jerusalém inteira como sua capital eterna, enquanto os palestinos consideram a parte oriental da cidade, que foi ocupada por Israel em 1967, como a capital do seu futuro estado independente.