quinta-feira, 25 de abril de 2019

Brasil fechou vagas com carteira assinada


Brasil fechou 43 mil vagas com carteira assinada em março

Da redação 1 dia atrás







No primeiro trimestre, foram abertas 179.543 vagas com carteira

O número de empregos formais no Brasil ficou no vermelho depois de dois meses de alta. Em março, foram fechadas 43.196 vagas. Os dados estão no Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira, 24, pelo Ministério da Economia. O número de postos com carteira assinada é resultado de 1.261.177 admissões e 1.304.373 demissões no mês.

Esse é o pior desempenho para março desde 2017, quando o resultado foi negativo em 63.624 cargos com carteira assinada. No ano passado, o saldo para o mês foi positivo, com a abertura de 56.151 postos de trabalha formal. No primeiro trimestre deste ano, foram abertas 179.543 vagas com carteira.

Os resultados divulgados nesta quarta mostram que cinco setores tiveram fechamentos de postos de trabalho. O destaque negativo foi o comércio, que terminou o mês com 28.803 postos formais a menos. Agropecuária (-9.545), construção civil (-7.781), indústria de transformação (-3.080) e serviços industriais de utilidade pública (-662) também mais demitiram que contrataram.

Três setores tiveram resultado positivo em março: serviços, com saldo positivo de 4.572 empregos.  O setor de administração pública abriu 1.575 vagas e o extrativismo mineral criou 528 postos.

Segundo a Secretaria de Trabalho e Previdência, o resultado negativo do mês tem relação com o resultado positivo de fevereiro, quando 173.139 vagas foram criadas.” Os setores que normalmente admitiam nesta época do ano anteciparam as contratações para fevereiro, e aqueles que demitiam concentraram as demissões em março. O fato provocou tendências opostas entre os meses”, diz em nota.

Apesar do saldo geral ser negativo, o contrato intermitente, modalidade criada pela reforma trabalhista, fechou março em alta. Segundo o Caged, foram geradas 6.041 vagas nesta modalidade, um aumento de 88% em relação a março do ano passado. No contrato intermitente, o trabalhador tem carteira assinada, porém só recebe se é convocado a prestar serviço pelo patrão. Ou seja, o trabalhador pode ter carteira assinada sem estar efetivamente trabalhando.

Foram registradas ainda 7.085 admissões em regime de tempo parcial e 4.956 desligamentos, gerando um saldo positivo de 2.129 postos de trabalho. Ocorreram 18.777 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado.

Por estados

Dos 26 estados mais o Distrito Federal, 19 mais demitiram que contrataram, os estados que mais perderam vagas foram Alagoas (-9.636 postos), São Paulo (-8.007), Rio de Janeiro (-6.986), Pernambuco (-6.286) e Ceará (-4.638).

O saldo foi positivo em oito estados:  Minas Gerais (5.163 postos); Goiás (2.712), Bahia (2.569), Rio Grande do Sul (2.439), Mato Grosso do Sul (526), Amazonas (157), Roraima (76) e Amapá (48).

Entre as regiões, a maior queda ocorreu no Nordeste, com o fechamento de 23.728 vagas de emprego formal. No Sudeste, foram encerrados 10.673 postos; no Norte, 5.341; no Sul, 1.748; e no Centro-Oeste, 1.706.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Partido Bolsonario

Alcolumbre se diz satisfeito com diálogo entre Bolsonaro e partidos
Publicado em 05/04/2019 - 14:23
Por Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil Enviada a Campos de Jordão (SP)

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse hoje (5) que aprovou e ficou satisfeito com as reuniões iniciadas ontem (4) entre o presidente Jair Bolsonaro e lideranças partidárias, visando articular a aprovação da reforma da Previdência no Congresso Nacional. “Era fundamental. O presidente da República precisava liderar esse diálogo, esse processo. Sempre defendi a aproximação do presidente nesse entendimento com o Congresso”, afirmou.
Presidente do Senado, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) concede entrevista à imprensa
Alcolumbre: “sempre defendi a aproximação do presidente no entendimento com o Congresso” (Arquivo/José Cruz/Agência Brasil)
Alcolumbre discursou durante o 18º Fórum Empresarial do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), realizado em Campos do Jordão (SP). Ele disse que Bolsonaro se reuniu ontem com seis representantes de partidos e, hoje, deve receber mais seis líderes. O presidente do Senado acredita que muitos dos “desencontros” políticos que ocorreram nos últimos meses foram em razão da falta de diálogo.“Ele precisa ouvir as lideranças políticas, os presidentes de partido. Não se trata de ouvir a velha ou nova política, mas ouvir a política. A política é o que vai decidir na Câmara dos Deputados e no Senado o futuro de 210 milhões de brasileiros. O presidente da República tem que liderar esse debate”, disse.
Para o parlamentar, o governo precisa construir uma base sólida, não apenas para aprovar a reforma da Previdência, mas outras matérias. Alcolumbre acrescentou que apoia as teses do ministro da Economia, Paulo Guedes. “Ele [Guedes] tem sido a ponta de lança de uma bandeira que deixou de ser de um partido de esquerda ou direita, da velha ou nova política”, disse. “O setor privado precisa dessa tranquilidade”, disse.
Rodrigo Maia diz que Previdência tem prioridade
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse - no mesmo evento - que a reforma da Previdência é a prioridade da Casa, mas que não há prazo ou estimativas.Se a tramitação atrasar alguns meses, isso “não vai fazer diferença”. Segundo ele, o impacto da reforma na economia brasileira seria efetivo apenas no próximo ano.
O presidente das Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, participa do seminário Reforma da Previdência - uma Reflexão Necessária, no Centro Cultural da FGV, no Rio de Janeiro.
Rodrigo Maia defendeu a conscientização da sociedade sobre a reforma da Previdência (Arquivo/Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Maia defendeu a conscientização da sociedade sobre o tema. “A população tem que entender que os itens da reforma precisam ser aprovados. Ser a favor da reforma, e não ser da idade mínima, é ser contra [a reforma da Previdência]”, declarou. Ele elencou os temas polêmicos da reforma. Uma delas é que não haverá período de transição para os servidores públicos contratados antes de 2003. “São 250 mil servidores que não terão transição para garantia de integralidade e paridade a que eles têm direito. Esse é um debate onde as corporações vão trabalhar juntas”, afirmou.
Saiba mais

Edição: Kleber Sampaio
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